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ENTREVISTA. Dr. Zaterka, presidente da FBG

“Acredito que as discussões de casos clínicos com o treinamento do raciocínio clínico é fundamental para minimizar possíveis erros diagnósticos”

O Dr. Zaterka fala sobre a missão da FBG, o estado da especialidade no Brasil e o acordo assinado com a Fundação Practicum.

Madri, 23 de abril de 2019. O Dr. Schilioma Zaterka, gastroenterologista altamente respeitado e presidente da  Federaçao Brasileira de Gastroenterologia (FBG), fala nesta entrevista sobre a missão da FBG, o estado da especialidade no país e o acordo assinado com a Fundação Practicum para a concessão de bolsas de estudo para o programa de desenvolvimento profissional contínuo Practicum Script. O foco da FBG é promover ações que busquem a melhoria na qualidade da atuação dos profissionais médicos, assim como incentivar à pesquisa científica e os eventos educativos voltados à comunidade médica com o objetivo de difundir a especialidade e as tecnologias para as doenças do Aparelho Digestivo. 

A FBG é uma sociedade sem fins lucrativos que promove e representa a Gastroenterologia no Brasil. Reúne cerca de 4.300 associados e participa, juntamente com 64 especialidades reconhecidas, do Conselho Científico da Associação Médica Brasileira (AMB). Fundada em 1949 para apoiar e desenvolver o conhecimento científico da especialidade no Brasil, a FBG representa 22 federadas em todo o território nacional. A Federação, também, emite o Título de Especialista em Gastroenterologia, conforme normas estabelecidas pela AMB e reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina. 

No final de 2018 em São Paulo ocorreu o maior evento da Gastroenterologia, não só para o Brasil, mas para toda a América Latina: a Semana Pan-Americana de Doenças Digestivas e a XVII Semana Brasileira de Gastroenterologia. O que pode nos dizer o Dr. Zaterka? “A FBG teve uma participação proeminente. A Medicina é uma ciência em contínua evolução. Neste evento, as últimas novidades sobre as diferentes afecções do Aparelho Digestivo foram amplamente apresentadas, discutidas e comentadas. O que o futuro nos apresenta também fez parte das diferentes palestras. Tivemos também a oportunidade de trocar experiências com colegas de outros países”.

Como presidente da FBG, quais desafios foram definidos? “O fortalecimento das diferentes federadas estaduais é um dos desafios da nossa gestão, mas acima de tudo a FBG tem como meta oferecer aos colegas deste imenso Brasil a oportunidade de atualização e troca de experiência entre eles. Neste sentido, através do acordo com a Fundação Practicum, 150 especialistas e 50 residentes da FBG terão acesso a bolsas de estudo para a edição 2019/2020 do curso Practicum Script de Gastroenterologia. O que Dr. Zaterka acha que esse intercâmbio pode trazer? “É de suma importância a troca de informações entre os especialistas brasileiros e os dos demais países, não só de nosso continente”.

De fato, com o início desse programa e a presença de especialistas brasileiros para a avaliação dos casos clínicos, o Dr. Zaterka, que também é Presidente Honorário do Núcleo Brasileiro para o Estudo do Helicobacter Pylori, espera integrar membros da FBG ao comitê internacional de auditores de Practicum Script. E com respeito à apresentação de candidaturas, o que as partes interessadas devem fazer? “Como o número de inscritos é limitado, estaremos solicitando o currículo dos interessados em participar do curso. Um dos possíveis quesitos que influenciaram na decisão será o papel do candidato na capacidade de divulgar a experiência adquirida”.

Aprendizagem e ensino
A partir da sua experiência docente, a formação acadêmica deveria apontar para qual direção? Estamos negligenciando ver os pacientes e raciocinar mais? “Na realidade fui professor convidado da UNICAMP, assim como por mais de 40 anos um médico dedicado ao atendimento dos pacientes e à investigação científica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo. Durante este tempo todo não constatei negligência no ensino aos jovens estudantes sobre a importância de ouvir o paciente, de um exame detalhado e de utilizar o raciocínio clínico para o diagnóstico”.

Além da aprendizagem mecânica tradicional (baseada na memorização), O especialista considera necessário ser capaz de cometer erros sem consequências através da simulação clínica para otimizar a prática assistencial? “Acredito que as discussões de casos clínicos com o treinamento do raciocínio clínico é fundamental para minimizar possíveis erros diagnósticos. Sempre incuti nos meus alunos que o conhecimento é essencial para o bom senso fazer parte do sucesso de um diagnóstico e tratamento”. Qual o valor da subespecialização neste cenário? “A subespecialização ocorre basicamente no interesse para a investigação, mas todos nós estamos aptos a exercer a especialidade como um todo.
 

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